Notório por seu humor e ironia, George Steiner relata, em um depoimento sobre sua vida e obra, que A Morte da Tragédia teria estreado de maneira, se não trágica, pelo menos tragicômica. Composto de início como tese de doutoramento a ser defendida na Universidade de Oxford, o trabalho teria sofrido pesado bombardeio de parte dos examinadores e visto com soberano descaso pelo orientador da pesquisa, por não atender, na forma de sua redação, às exigências de uma boa dissertação acadêmica. Estes primeiros leitores teriam ficado, portanto, contrariados, no seu tradicionalismo, pela liberdade ensaística que reinava no trabalho. Mas, de outra parte, não deixaram de sentir os eflúvios dos deuses trágicos emanados do texto e, embora sugerissem ao autor que não mais pusesse os pés naquela universidade, vaticinaram que Dioniso haveria de coroar, com os louros da celebridade, este fruto de sua vinha. Haveriam de pagar caro pelo oráculo, pois não só a alma mater do college oxfordiano iria incorporar o ensaísta como um de seus professores, como este escrito se transformaria em obra de referência na crítica e nos estudos sobre o destino da tragédia nas suas principais textualizações dramatúrgicas ao longo da história, tendo sido traduzida para numerosas línguas e agora em português, na edição que a editora Perspectiva leva ao público leitor, na coleção Estudos.
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Autor |
George Steiner |
Editora |
PERSPECTIVA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
220 |
Ano de edição |
2006 |
Número de edição |
1 |