• A história em disputa: movimento estudantil e a transição democrática brasileira

Qual o papel do movimento estudantil (ME) nas lutas em prol das liberdades democráticas? E qual é a sua relevância na memória da resistência à ditadura militar? Em “A História em disputa: o Movimento Estudantil e a transição democrática brasileira”, Gislene Lacerda nos apresenta a atuação do ME no processo de transição brasileira, destacando suas diferentes tendências, o seu pioneirismo com a volta às ruas em 1977, a reconstrução da UNE em 1979 e as mobilizações realizadas com outros movimentos sociais durante o período. No entanto, o reconhecimento das suas lutas é, até hoje, ofuscado em prol de uma memória construída em torno da geração revolucionária dos “anos 1968”. Memória construída por esses agentes, construída pelo modelo de transição pactuada e referendada pelas políticas de memória do Estado. Com uma extensa pesquisa e um fecundo conjunto de fontes orais, a historiadora nos apresenta que as narrativas estudantis da geração da transição demandam pelo seu reconhecimento no tempo presente apontando, dessa maneira, para um ofuscamento da importância política das movimentações realizadas por esses estudantes naquele contexto. O trabalho de Gislene dialoga e traz uma importante contribuição para a historiografia que vem se debruçando sobre os anos 1970/80, em particular aos estudos do ME, reposicionando a importância do movimento nas lutas pelo término da ditadura militar.

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Autor Gislene Edwiges de Lacerda
Editora APPRIS
Idioma PORTUGUÊS
Encadernação Brochura
Páginas 319
Ano de edição 2019
Número de edição 1

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A história em disputa: movimento estudantil e a transição democrática brasileira