Um protesto iniciado em uma tecelagem, no bairro paulistano da Mooca, há um século, marcou definitivamente a luta dos trabalhadores em nosso país.
As condições de vida eram tremendamente precárias. Não havia leis trabalhistas, não havia garantias para as mulheres e o trabalho infantil era regra, por ser mais barato e mais fácil de controlar.
Numa conjuntura de guerra, crise econômica e carestia, a inquietação localizada se espalhou. O patronato respondeu com os argumentos de sempre: pau, bala e demissões. Mas, daquela vez, a agressão não funcionou. A revolta se espalhou por outras fábricas e pelo comércio. Quando os bondes pararam, São Paulo parou junto. Multidões tomaram as ruas, em cenas inéditas até então. Para a oligarquia, plantada em seus casarões da Avenida Paulista e no bairro de Higienópolis, a visão foi aterradora. Dezenas de milhares daqueles considerados feios, sujos e malvados surgiram à luz do dia, entre junho e julho de 1917, para cobrar uma participação mínima por sua contribuição ao desenvolvimento. Nem mesmo a brutalidade oficial deteve aquela gente munida de impulsos terríveis: o desejo de matar fome, ter teto e contar com condições para criar os filhos. A pressão das ruas foi tamanha que os ricos tiveram de ceder. A demanda por salários e melhores condições de vida e trabalho acaba espetacularmente vitoriosa.
Código: |
L004-9788579394775 |
Código de barras: |
9788579394775 |
Peso (kg): |
0,200 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
1,00 |
Autor |
José Luiz del Roio |
Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
130 |
Ano de edição |
2017 |
Número de edição |
1 |