Boa parte da sensação de vazio (tédio gratuito), que chamaremos de inquietude da alma, hoje, é naturalmente causada pela dificuldade de inclusão nas camadas sociais que insaciavelmente consomem, e, por conseguinte, asseguram a fertilidade das ansiedades geradas pela sociedade de consumo. Quanto mais consumimos, mais nos distraímos, e a consequência disso é que nos distanciamos das reais possibilidades que nos levariam a felicidade e a tristeza. Quer dizer, amizade e solidão são substituídas pelo prazer insaciável das compras de qualquer espécie. Daí, a experiência da escassez contrasta com o consumo compulsivo, e dessas disposições comportamentais o caminho me parece claro - uma quer se interromper e a outra quer se perpetuar. Na capacidade de reconhecermos que não gostamos de pobres, e tampouco de sermos pobres, pode residir nossa salvação racional, moral e ética, que poderá nos fazer entender que aquilo que realmente não gostamos, é a pobreza. Se entendermos que o egoísmo do capitalismo reduz nossa visão do real, e a indiferença é um feitiço que se voltará contra o feiticeiro, não somos medíocres.
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| Autor | Alexandre Rezende |
| Editora | CHIADO EDITORA |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 96 |
| Ano de edição | 2017 |
| Número de edição | 1 |

