Agarrada, derrubada, lambuzada, cabeçada, assim ainda é chamada o que passa a ser conhecida como Luta Marajoara (LM). Oriunda do arquipélago do Marajó, a antiga Marinatambal, na desembocadura do rio Amazonas, no Pará, é uma forma simples de luta de agarramento, que tem por objetivo o lazer agonístico entre vaqueiros, ribeirinhos, campesinos, nos currais das fazendas, nas areias de praias e nos igarapés. Praticada há mais de 300 anos, é somente a partir de 2001, que se observa a organização de torneios desde Soure, Salvaterra e no festejo católico popular de Cachoeira do Arari, com premiações em dinheiro, troféus e medalhas. Ao ser incluída na Base Nacional Comum Curricular, em 2015, a LM e seus protagonistas (os/as lutadores/ras) recebem gradualmente a atenção de profissionais de Educação Física e pesquisadores acadêmicos, os quais apontam o seu processo de esportivização, escolarização e academização. Com este livro, o Coletivo Luta Marajoara em Debate presenteia à sociedade brasileira um espectro das primeiras pesquisas do grupo sobre o tema. Boa leitura!